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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Do digital a carta.

    Século XXI, 2013: o mundo nas mãos da tecnologia. Um fato bastante visível hoje é como as pessoas se declaram publicamente em redes sociais, por e-mail ou bate-papo e é óbvio que esses meios de comunicação facilitam bastante o dia-a-dia da gente, deixando tudo mais prático. As coisas que fazemos hoje é rápido, viver é rápido e um momento de tranquilidade chega a ser raro.
    Minha pergunta é: você já parou para pensar como seria se em nossa era ainda usássemos a comunicação por cartas? Esqueça um pouco essas facilidade de poder falar com o mundo em apenas alguns "clicks" e imagine só como nossos avós ou bisavós faziam para falar com seus amores, família ou amigos. Não havia conforto, você tinha que correr atrás de um selo e escolher palavras bonitas para colocar cuidadosamente em uma folha de papel , era tudo pensado detalhadamente antes que a carta chegasse as mãos do destinatário.
     Havia também a preocupação de levar esse envelope no correio e esperar dias até que recebesse outra carta como resposta. Imagine a aflição de morar longe das pessoas que você ama, viajar e ter que esperar uma carta? Sim, poderia ser chato as vezes, mas essa espera era o valor da situação.
     Imagine só como era magnífico ir a um lugar e mandar um cartão postal ou um cartão de dia dos namorados, natal, ano novo... enfim, era algo que se podia pegar, diferente de um texto por e-mail que fica la se você quiser, mas você não pode guardar na sua gaveta e ler para seus netos o tal do velho papel surrado cheio de afeto. Que grande lembrança você poderia guardar da pessoa, além de palavras escritas dentro de um envelope? A emoção era maior ainda quando essa carta estava perfumada ou acompanhada de flores. Claro, as flores que enfeitavam mais ainda o presente da comunicação, como sinal de ternura e sentimentalismo!
      Guardava-se todas as curvas das letras como memória da presença, da face cheia de amor e dos momentos de felicidade. Buscava-se no fundo do coração as palavras mais fortes capazes de combater as dores da saudade e assim suprir um pouco da necessidade de estar junto.
       Bom, já que o momento é de nostalgia - do que não vivemos - deixo aqui meu recado aos jovens modernos, como eu: Sejamos jovens, loucos, antenados com a tecnologia, mas não deixemos certos detalhes do passado morrer! Por que ao invés de comprar presentes caros no dia das mães não fazemos um belo café da manhã com uma linda carta e logo após dizemos o quanto nossa mãe é importante na nossa vida? Por que ao viajar não se pode comprar um cartão postal e manda-lo pelo correio você mesmo? E num dia dos namorados, o que custa comprar (ou roubar de um jardim) as flores, símbolo da data e junto delas deixar uma carta demonstrando todo seu amor?
       Podemos fazer algo assim: velho e brega como vocês podem julgar, mas diferente e valioso! Tenho certeza que o resultado será muito satisfatório, afinal, se nós ainda preservássemos esse espírito o sentimentalismo ainda estaria acesso vigorosamente em nossas ações.



     
         

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