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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Versos no metrô.



Vi uma criança pedindo esmola pra mãe doente.
Rostos diversos, quantas histórias cabem em um vagão?
Difícil não notar as peculiaridades dessa gente,
Seria como embarcar em vão.

Quanta saudade carrega nesses olhos úmidos?
Diga jovem independente, o que procura nesse celular?
Desviando daqueles olhares desconhecidos,
Percebo a dor no seu caminhar.

Um jovem idoso sentou-se do meu lado,
Sem receio começou a contar suas histórias da mocidade.
Eu ouvia atentamente cada parte do seu passado
Percebendo que certas coisas não morrem com a idade.

 Duas senhoras conversavam sobre o que fazer no jantar,
Típicas donas de casa acostumadas com o cotidiano tradicional.
Imagino como seus filhos não veem a hora da mãe chegar
E provar daquele tempero que ninguém tem igual.

Enquanto eu vou devagar, seguindo a perspectiva que procuro,
Sinto muitas emoções soltas pelos trilhos, amargamente!
Observo as pessoas semeando assunto, lutando pelo futuro,
Sendo apenas humanos correndo, sustentando o presente.

Queria chegar logo em casa, pra contar sobre meu dia a família.
Já desembarcando, atravessei o mar de gente na minha estação.
Pensei na rotina e a enfeitei para minha regalia,
Lembrando dos dias bonitos que valem muito ao coração.




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